CONTAGEM REGRESSIVA PARA O IV CONGRESSO

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

POESIAS DE MIRTES MATIAS

Há um Deus em tua vida

Quando te vejo tão acomodado ao mundo que te cerca,
como a água tomando a forma do vaso que a contém,
eu me lembro de um Rei coroado de espinhos,
arrastando uma cruz pelos caminhos,
pelas ruas de Jerusalém.
Quando te vejo tão preocupado com rótulos e comodidades,
tão desejoso de aparecer,
eu me lembro de um jovem-Deus perdido no deserto,
onde só feras e anjos O podiam ver.
Um jovem-Deus que te entregou um dia
o privilégio da Grande Comissão,
o Qual negas com tua covardia,
sucumbindo a promessas que te falam à carne e ao coração.
Quando te vejo tão ocupado em construir celeiros,
ajuntando fortunas que o ladrão pode roubar,
eu me lembro de um Deus caído sob tuas culpas
sem o conforto de uma pedra para repousar.
Quando te vejo conivente com aquilo que Ele aborrece,
ao ponto de ocultar a Herança que Ele te legou,
pergunto: Seria falsa a promessa que fizeste
ou o amor que tu Lhe tinhas era pouco e se acabou?
Onde está teu grito de protesto, que já não escuto?
Tua atitude de inconformação?
Será que te esqueceste do santo compromisso
ou te parece pouco o privilégio da tua missão?
Por que tremes diante do mundo,
temendo por valores que só servem aqui?
Será que Cristo te escolheu em vão
ou será que já não existe um Deus dentro de ti?
Tu estás no mundo, mas não és do mundo.
Não escolheste – foste escolhido.
Por que te encolhes ao ponto
de seres grande pelo padrão dos homens,
comprometendo tua autoridade
de condenar um mundo corrompido?
Foste escolhido para uma missão tão grande
que nem a anjos foi dada a executar:
não te assustem ameaças,
não te seduzam promessas,
numa obra eterna, é melhor morrer do que negar.
Lembra-te que há um Deus em tua vida
que os teus atos devem glorificar

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Meu coração!



Limpa o meu coração
Deste mundo mal
ensina-me a viver
Teu reino aqui
Tu me deste tua vida
Pra que eu não viva mais por mim
Olhar somente a ti
Viver só para ti
Não me perder de ti

Tua visão
Música de Ana Paula Valadão

domingo, 3 de janeiro de 2010

O namoro segundo a Bíblia.

namoro_evangelico.jpg

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Deixa que digam, que pensem, que falem;
deixa isso pra lá, vem pra cá, o que é que tem?
Eu não estou fazendo nada, você também.
Faz mal bater um papo assim gostoso com alguém?
Essa música expressa a visão pela qual o mundo enxerga um relacionamento a dois, entre pessoas de sexo diferente. O importante é curtir o momento e as sensações de uma
relação emocional e física com alguém que me atrai. Não devo pensar nas conseqüências, apenas deixar o clima rolar e ver no que dá.
Infelizmente, essa visão distorcida não é exclusividade de incrédulos. Muitos cristãos demonstram imaturidade espiritual e emocional, ao lidarem com pessoas do sexo oposto e ao
iniciarem um relacionamento de namoro com alguém. Como bem destacou Jayro Cáceres, “A nossa cultura tem torcido os valores bíblicos… As palavras ‘curtir e aproveitar’ têm
substituído a palavra ‘preparar’”.3 Isso revela, de modo profundo, como há uma carência séria e triste da compreensão bíblica do que o namoro realmente significa e qual o seu propósito. O objetivo deste estudo, então, é fornecer a fundamentação e perspectiva bíblica para aqueles que pensam em namoro, preparando-os para os passos corretos, com um foco acertado e de um modo que honre e glorifique a Deus.

UM NAMORO COM PROPÓSITOS

É essencial para um namoro ter propósitos bem claros e delineados. Ainda que o casamento deva estar em foco, sempre, ele não é o propósito principal, mas conseqüência de
outros dois propósitos que devem governar nossas vidas.
1. O namoro deve visar a glória de Deus – Rm 11.36; 1 Co 10.31; Cl 3.17
2. O namoro precisa ser uma caminhada rumo à imagem de Cristo – Pv 17.17; Rm
8.29; Ef 4.15-16
Quando estes dois focos são bem claros, antes de tudo, na nossa vida de solteiro, então, saberemos conduzir um namoro agradável a Deus (Rm 12.1; Ef 4.9-10). Um namoro
que honra a Deus, sem dúvida, visará o casamento, pois Deus, não criou o namoro em si, mas o casamento. A afeição compartilhada por um casal só tem sentido quando busca a lealdade e a intimidade profunda no casamento. Qualquer relacionamento que fuja disso é brincar com os sentimentos alheios e defraudação (1 Co 13.4-5; Fp 2.3-4; 1 Ts 4.3-6). Vejamos algumas
fundamentações bíblicas:
1. O casamento faz parte do plano de Deus na criação da humanidade – Gn 2.18, 24.
2. O casamento reflete a imagem de Deus no homem, em que há diversidade e unidade, ao mesmo tempo – Gn 1.27.
3. No Antigo Testamento, o relacionamento pré-matrimonial entre dois jovens, deveria visar o casamento – Dt 22.23, 24 (esse texto mostra o grau de fidelidade que a noiva devia ao seu futuro marido, idêntico ao de uma mulher casada); Mt 1.18-19, 24-25.
“No Oriente Próximo o noivado … é quase tão definitivo como o próprio casamento. Na Bíblia a mulher comprometida em noivado era algumas vezes chamada de ‘esposa’ e estava obrigada à mesma fidelidade … e o noivo era algumas vezes chamado de ‘esposo’”.
4. O livro de Cantares mostra o amor romântico que se desenvolve no noivado (Ct 1.1. – 3.5) e se concretiza na aliança do casamento e na vida a dois (Ct 3.6 - 8.14).
5. O casamento reflete a relação entre Cristo e a Igreja, previsto desde a eternidade por Deus e que reveste o casamento de dignidade - Ef 5.22-33. A Bíblia não fala diretamente do namoro, mas apresenta o modelo do noivado que é o que mais se aproxima do namoro atual, em que dois jovens, se comprometem a buscarem a vontade juntos quanto à possibilidade de casamento e caminham nessa direção.5 Como fora destacado: Quando dois jovens começam a namorar, isso não significa absolutamente que eles irão casar.
Mas, deve significar, pelo menos, que eles pensam em se casar. Entregar a mão […] e o tempo a uma pessoa com quem não se pensa em casar, é pecado.
6 (grifo meu) Quando o namoro busca o casamento, “elimina a idéia de curtição e acentua o seu caráter de preparação”.7 Pois o namoro “é uma fase de preparação para o casamento e mais uma oportunidade para o exercício da suprema tarefa da Humanidade, glorificar o nome de Deus”.
8 PRINCÍPIOS ORIENTADORES
Dentro dos propósitos acima, alguns princípios orientadores precisam ser seguidos, visando a glória de Deus no namoro:
9 1. O namoro deve ocorrer apenas no contexto entre pessoas da mesma fé –1 Co 7.39; 2 Co 6.14 – 7.1. “A Bíblia ensina com clareza que crentes não devem se colocar em jugo desigual (2 Co 6.14-16). A visão nítida, preto no branco, de 2 Coríntios 6 – justiça ou iniqüidade, luz ou trevas, Cristo ou o Maligno, crente ou o incrédulo, Deus ou ídolos – não dá margem a erro!”
10. “As Escrituras afirmam claramente que um cristão não deve nem considerar um cônjuge incrédulo”.
11 “Ser crente é algo mais que confessar sua fé em Jesus Cristo. É também algo mais que ser membro de uma igreja. Ser crente é um estilo de vida. Na prática, significa
que você ama a Jesus e está pronto a depender dEle mais que de seu cônjuge”.
12 Muita dor pode ser evitada quando o crente decide se submeter fielmente a Deus nessa área. Um relacionamento íntimo com um incrédulo implica em deixar a visão bíblica de vida cristã e adotar à cosmovisão do(a) namorado(a), que está completamente distante de Deus e morto espiritualmente em seus pecados (Ef 2.1-
3).
2. O namoro cristão deve ocorrer no contexto de um desenvolvimento da maturidade cristã – Ef 4.15-16; Cl 3.16. É imprescindível que as duas pessoas que pretendem iniciar um namoro, na direção de um casamento, estejam crescendo na sua fé pessoal com Cristo e juntamente com a igreja, como comunidade. Tanto o texto de Efésios como o de Colossenses que abordam a questão do casamento, a inserem dentro de um contexto de vida espiritual frutífera tanto pessoalmente como em comunidade (ver Ef 5.15-33; Cl 3.12-19).
3. O namoro cristão deve florescer dentro de afinidades cristãs e teológicas – Ec 4.12; Mc 3.24, 25. “Cristão” ou “evangélico” se tornaram termos tão gerais, que é necessário conhecer bem a pessoa, antes, de cultivar um relacionamento afetivo, em que se abra o coração ao outro. É muito importante a pessoa avaliar se o outro pensa de modo concorde a respeito de várias questões muito importantes. O que meu pretendente pensa a respeito de Deus, doutrinas da fé cristã (ex. 1 Jo 4.1-3), vida de devoção pessoal e comunitária, vida familiar, situações de conflito, trabalho e amigos, certamente, são muito importantes para se dar um passo na direção de um namoro e casamento.
Há dois artigos em português muito úteis, que auxiliam a fazer perguntas acertadas quando um casal tem em mente o namoro e casamento. Um deles é Tópicos para conversação quando um homem e uma mulher estão considerando o casamento, de John Piper13 (duas perguntas na parte de Marido e Esposa são recomendáveis apenas para noivos) e Devemos nos casar? de David Powlison e John Yenchko.14
4. O namoro cristão precisa visar objetivos futuros em comum - Am 3.3. “Unir-se significa andar na mesma direção que seu cônjuge … Duas pessoas muito diferentes podem ter um casamento maravilhoso, mas há alguns aspectos básicos em que o acordo é necessário para que um homem e uma mulher possam se unir um ao outro”. Quando os três pontos acima são avaliados com honestidade e seguidos, então, há uma grande possibilidade de que este último seja observado com sucesso. Todavia, planos como futura profissão ou ministério, estilo de vida, entre outros, precisam ser avaliados com cuidado e ser percebido até que ponto um se adapta ao plano e projeto do outro e está disposto a seguir com o relacionamento nas condições conversadas.
4 WRIGHT, THOMPSON. p. 1014.
5 Ver MENDES. p. 7-8.
6 D’ARAÚJO. p. 17. É importante destacar que o presente autor não concorda de modo algum com as idéias atuais de Cáio Fábio, apenas usa um de seus livros, por sinal, excelente livro sobre o namoro, escrito muitos anos antes de sua derrocada espiritual, conhecida no contexto evangélico brasileiro.
7 CÁCERES. p. 58.
8 MENDES, p. 6.
9 A seqüência que segui nesse ponto encontra seu molde em CÁCERS. p. 58.
10 POWLINSON, YENCHKO. p. 119.
11 HARRIS, p. 189.
12 POWLINSON, YENCHKO. p. 118.
13 PIPER, John. Tópicos para conversação quando um homem e uma mulher estão considerando casar. Cuiabá,
MT: Monergismo, 2006. Disponível em www.monergismo.com.
14 ; POWLINSON, David A., YENCHKO, John. Devemos nos casar?. In: SBPV. Aconselhamento Bíblico. 2 ed.
Atibaia, SP: SBPV, 2000. v. 1. p. 118-127.
1 Bibliografia Consultada e de Apoio: D’ARAÚJO, Caio Fábio, Filho. Abrindo o jogo sobre o namoro. 4 ed.
Venda Nova, MG: Betânia, 1985.; FERGUNSON, Sinclair B. Descobrindo a vontade de Deus. 2 ed. São Paulo:
PES, 1997.; CÁCERES, Jayro M. Namoro: curtição ou preparação. In: SBPV. Ética Pesoal 1. Atibaia, SP:
SBPV (Seminário Bíblico Palavra da Vida). (Apostila preparada para as aulas de Ética Pessoal no SBPV). p. 58;
POWLINSON, David A., YENCHKO, John. Devemos nos casar?. In: SBPV. Aconselhamento Bíblico. 2 ed.
Atibaia, SP: SBPV, 2000. v. 1. p. 118-127.; MACK, Wayne. Preparing for marriage. USA: Virgil Hensley,
1986.; PIPER, John. Tópicos para conversação quando um homem e uma mulher estão considerando casar.
Cuiabá, MT: Monergismo, 2006. Disponível em www.monergismo.com.; MENDES, Alexandre Chiaradia. Uma
perspectiva bíblica sobre o namoro. Atibaia, SP: SBPV, 2006. (Trabalho de Conclusão não publicado do curso
de Bacharel do SBPV).; HARRIS, Joshua. Eu disse adeus ao namoro. Belo Horizonte, MG: Atos, 2001;
WRIGHT, J. S., THOMPSON, J.A. Matrimônio. In: DOUGLAS, J. D. O novo dicionário da Bíblia. São Paulo:
Vida Nova. v. 2. p. 1012-1017.
2 D’ARAÚJO. p. 17.

3 CÁCERES. p. 58.


Feliz 2010!

"Esquecendo- me das coisas que atrás ficam, e avançando para
as que estão adiante" (Filipenses 3:13),

Deixe para trás, juntamente com o ano que findou, todas as
suas tristezas, dúvidas, frustrações. Olhe para Jesus e
receba tudo de bom que Ele tem lhe preparado.